segunda-feira, 19 de março de 2012

PROJETO OFICINAS CULTURAIS NOS BAIRROS FUNJOPE 2011. MÊS MAIO

PROJETO OFICINAS CULTURAIS NOS BAIRROS FUNJOPE 2011
PROJETO OFICINA DE PINTURA:
MINHA COMUNIDADE, MINHA MEMÓRIA.
(BAIRRO ILHA DO BISPO)

JOSE PAGANO
Autor, Professor de Arte e artista plástico

Local: Associação Recreativa Cultural e Artística - ARCA - PB
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RELATÓRIO DAS ATIVIDADES
MÊS MAIO / 2011
Foto avistando a fábrica de cimento CIMEPAR em meio a uma parte do manguezal aterrado. Na outra imagem os educandos da oficina, os moradores da comunidade, significativos no processo cultural do bairro da Ilha do Bispo, situado às margens do Rio Sanhauá. Este bairro compreende a área histórica da cidade de João Pessoa, capital do estado da Paraíba, BRASIL. Estas fotos marcam o início das atividades do projeto oficina de pintura: Minha Comunidade, Minha Memória. Administrado pelo arte-educador e artista plástico Jose Pagano. Deu-se início a partir do mês de maio/2011 e concluirá no mês de novembro de 2011.

DIA: 11 de maio/2011- Turno: tarde--Horário: 13h30min às 17h
Os processos de desenvolvimento dos conteúdos seguiram:
Primeira parte: Apresentação do professor; apresentação dos alunos; dinâmica; explanação sobre a abordagem do conteúdo programático do curso; o que é comunidade; o que é memória cultural; o que é cultura.
Segunda Parte: Iniciação a história da arte: Alguns aspectos da necessidade da arte e o fazer artístico; a arte e eu; a comunidade e eu; o que Arte; a comunidade da Ilha do Bispo e a sua importância cultural; comentários sobre a fábrica de cimento.


Iniciou o primeiro dia de aula. A foto mostra o artista plástico e arte-educador Jose Pagano lecionando. Foram abordados os aspectos teóricos e práticos da oficina de Pintura: Minha Comunidade, Minha Memória. A importância da Oficina de Pintura e da Fundação Cultural de João Pessoa – FUNJOPE, para como a cidade de João Pessoa, através da promoção dos projetos culturais. Foi ressaltado também o valor da Associação Recreativa Cultural e Artística - ARCA – PB, para a comunidade do bairro da Ilha do Bispo.


1. DIA: 18 de maio/2011 -Turno: tarde--horário: 13h30min às 17h

Introdução: A arte pré–histórica paleolítica o nomadismo: as cavernas de Lascaux, Niaux, Font-de-Gaume e Altamira. Características da arte pré-histórica: a técnica das mãos em negativo; a magia e a pintura pré-histórica; pintura pré-histórica brasileira; Serra da Capivara; analogia entre a pintura pré-histórica e a pintura na atualidade. As tintas pré-históricas; um processo prático do desenho.


Foto. 2: O professor Jose Pagano e seus alunos. Os aspectos teóricos e iniciação à prática do desenho; a função da arte; importantes aspectos psicológicos da arte.

2. DIA: 25 de maio/2011 - Turno: tarde-horário: 13h30min às 17

Primeira parte: Introdução ao período Neolítico: a agricultura e o sedentarismo; as mudanças na arte; alguns aspectos da arquitetura pré-histórica; santuário de Stonehenge; a escultura na pré-história; a Vênus de Willendorf.
Segunda parte: Apresentação do filme: “KOYAANISQATSI – Uma vida fora de Equilíbrio”. Diretor: Godfrey Reggio. Música: Phillip Glass; Uma analogia entre a Ilha do Bispo e o filme. Discussão sobre a comunidade da Ilha do Bispo; aspectos ambientais e modernos; a fábrica de cimento como símbolo da modernidade.

foto
O arte – educador Jose Pagano lecionando o conteúdo programático. Os educandos atenciosos a discussão temática

3. RELATOS PARA UMA MELHOR COMPREENSÃO DO PROCESSO PEDAGÓGICO
Fundamentado na metodologia da pergunta o processo pedagógico da Oficina de Pintura: Minha Comunidade, Minha Memória se estrutura em escalar caminhos inquiridores entre o educando e educador, através da temática apresentada, face da realidade sócio-econômica, política, histórica, cultural e artística dos educandos, todos eles, moradores do Bairro da Ilha do Bispo.
É significativo dizer, que o educando participa ativamente do processo pedagógico em busca de novos temas, mediado pelo o educador.
Integrar novas questões e conteúdos oriundos dos educandos ao projeto é parte fundamental para o cumprimento dos objetivos.
A temática desenvolvida sobre a história da arte é significativa para uma melhor expressão criativa na pintura, por parte do educando. Pois, o fazer artístico exige conhecimento e sensibilidade.

foto
Projeção do filme: “KOYAANISQATSI – Uma vida fora de equilíbrio”

As indagações a cerca do filme apresentado: “KOYAANISQATSI – Uma vida fora de Equilíbrio”. Diretor Godfrey Reggio e música de Philip Glass. Objetiva estimular a percepção visual e o aspecto de análise relacionado ao bairro da Ilha do Bispo. Atentando para uma reflexão sobre o homem e a natureza, as transformações permanentes da vida, em suas várias feições.

foto
Olhos atentos dos alunos enquanto assiste ao filme: “KOYAANISQATSI – Uma vida fora de equilíbrio”.

Existe cultura artística e folclórica na Ilha do Bispo? A cultura artística faz parte da memória desta comunidade, de que forma? Quais as mudanças culturais que ocorreram do bairro? Existe artista plástico no bairro? Você conhece algum artista plástico desta comunidade? Existem pinturas em igrejas, escolas ou em outro espaço da comunidade, o que elas representam? Existe preocupação, por parte desta comunidade, em referenciar a história da Paraíba como melhoria sócio-econômica e cultural? Qual a significação da fábrica de cimento e o meio ambiente? O que significa para você a mata do eucalipto, o manguezal e a maré para este bairro? Para onde marcha o nosso bairro?
Estas perguntas estruturaram o debate entre os educando jovens e adultos, no mês de maio.
Estes questionamentos fizeram revelar a memória de um passado, de cinqüenta anos do bairro Ilha do Bispo. O debate refletiu o contexto social, o tempo e o espaço do cotidiano da comunidade, ao confrontar com a situação atual. Drogas, violência, família desajustada, filhos que não respeitam os pais foram palavras constantes no diálogo dos educando.

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A Aluna faz anotações sobre o filme, objetivando indagar sobre a temática.


Estas interrogações são fundamentais para a prática criativa do processo artístico, do fazer da pintura que está porvir nos próximos meses com a chegada dos recursos matérias. O diálogo se desenrolou entre os jovens educando, na faixa etária de quinze anos e adultos de sessenta e três anos. A troca de experiência entre as diferentes idades são valiosas no processo pedagógico na Educação de Jovens e Adultos. Pois, implica num caráter de harmonizar, interagir, trocar experiência e informar o conhecimento entre as gerações. Favorecendo desta forma, um respeito mútuo entre as mesmas.

O educando mostra um desenho da sua mão como instrumento primordial do ato de fazer a pintura. A mão é “uma máquina de engrenagem complexa e psicologicamente sensível”. Ela Constrói as artes e naves interestelares. Os alunos aprendem a valorizar e cuidar das suas mãos como um órgão complementar do seu corpo, da sua plena capacidade de execução da pintura e da sua vida cotidiana. Estes educandos em sua maioria não possuem experiência com a técnica da pintura. Portanto, conquistá-los e sensibilizá-los da importância da arte é essencial para o sucesso desta oficina.

É importante salientar que, a maioria destes educandos não possui nenhuma experiência relacionada à pintura. Mas, apenas curiosidades de almejar o conhecimento sobre esta arte.
Para o educador Paulo Freire a curiosidade precede o conhecimento. Portanto, ela tem significado de ser deflagradora do conhecimento. Deste modo, ela produz no sujeito a ambição de penetrar nos espaços do saber e da cultura.


Algumas paisagens do bairro da Ilha do Bispo

“Instigar o processo criativo através da Pergunta é fundamental para o desenvolvimento artístico e intelectual do educando. A Pergunta se faz norteadora do fazer criativo”. (JOSE PAGANO).


4.publicada neste blog. A FOTO DO MÊS DE MAIO
Escolhida para significar o desafio do mês, agrupar os educandos.
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Na turma da oficina de pintura: Minha Comunidade, Minha Memória. Na imagem: Dona Ivanilda, Wanderlúcia, Jose Pagano, Elizama, Fabiana, Geovana, Anaclécia, Mineia, Rute, Franklin, Solon (tirando a foto), João Paulo.
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“Não há conhecimento válido se não for compartilhado com o outro. Exige-se o diálogo. A validade do meu conhecimento é dado socialmente, quando compartilho e construo o conhecimento com os outros”. (Paulo Freire).



5. OBSERVAÇÕES DAS OCORRÊNCIAS DO MÊS DE MAIO

1. A primeira aula da oficina estava prevista para ocorrer no dia 4 de maio/2011. Mas, devido às fortes chuvas ocorridas durante o período da referida aula inaugural, e por decisão da diretoria da Associação Recreativa Cultural e Artística - ARCA – PB, a aula foi adiada para o dia 11 de maio/2011.

2. No dia 11 de maio/2011, o curso iniciou com poucos alunos. A publicação do curso seria feita nas escolas. Mas, devido à existência da greve dos professores da rede estadual houve dificuldade na divulgação do mesmo. Diante do tal problema, em busca da solução contatamos um carro de som para noticiar o curso em toda comunidade. O que veio garantir uma freqüência maior de alunos, findando o mês de maio com uma maior quantidade de aluno. Continuamos divulgando a oficina na ARCA - PB, internet, blog, site, email e de boa em boca. Portanto, é necessária a continuação da divulgação no bairro. Estamos fazendo esforços conjuntos.

3. Informe sobre a carga horária: A primeira aula (do dia 4) será reposta durante o percurso das atividades. É importante salientar que a oficina acontece às quartas-feiras, no período da tarde a partir das 13h30min às 17h00min. Portanto, as horas restantes serão repostas durante o percurso. As atividades da oficina ocorrem nos espaços do Conselho Comunitário da Povoação Índio Piragibe.
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4. O curso de pintura segue este o horário devido sua peculiaridade técnica. Pois, exige uma aula num maior tempo contínuo no processo do fazer pictórico, relacionado à sua instalação do espaço físico, como preparação de tintas, lavagem de materiais e mãos. E como também, devido à adequação aos horários da ARCA – PB.


6. AGRADECIMENTOS

Agradeço a todos que compartilharam com este projeto Promovido pela FUNJOPE - Fundação Cultural de João Pessoa - PB, e a coordenação das Oficinas culturais nos bairros formada por Déa Limeira, Pedro Osmar, Adriana Pio. Sem esta instituição cultural seria impossível a realização deste projeto cultural.
Meus sinceros votos de agradecimentos a Geraldo Aguiar (Gero), o presidente da ARCA – PB, a Manoel Honório Chagas Neto, secretário da ARCA - PB, a Eduarda Pereira e a Maria de Fátima estas agentes sócio-educacionais, que compartilham nosso projeto apontando soluções. Pois, seria difícil a realização do presente curso sem a presença dos mesmos.

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JOSE PAGANO
Artista plástico - Professor de arte – ministrante da oficina
Autor deste projeto oficina de pintura: Minha Comunidade: Minha Memória.
Projeto aprovado e classificado pela:
Fundação Cultural de João Pessoa. FUNJOPE
Direitos autorais: Jose Pagano
Contato:
JOSE PAGANO
Click: http://www.artesjosepagano.blogspot.com
Email: pagarty03@yahoo.com.br

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