quarta-feira, 21 de março de 2012

MÊS AGOSTO PROJETO OFICINAS CULTURAIS NOS BAIRROS FUNJOPE 2011

PROJETO OFICINAS CULTURAIS NOS BAIRROS FUNJOPE 2011
PROJETO OFICINA DE PINTURA:
MINHA COMUNIDADE, MINHA MEMÓRIA.
(BAIRRO ILHA DO BISPO)

JOSE PAGANO
Autor, Professor de Artes e artista plástico.
Local: Associação Recreativa Cultural e Artística - ARCA - PB
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Pintura sobre papel do educando Lucas Henrique. 12 anos.

Os educandos da oficina de pintura Minha Comunidade, Minha Memória. Projeto desenvolvida na Comunidade do Bairro da Ilha do Bispo, cidade de João Pessoa. Paraiba - País: Brasil



O Trem da Ilha do Bispo

Os gestos e sons fazem parte do processo para estimular a criatividade dos educandos.

O fazer artistico dos educandos da nossa oficina de pintura: Minha Comunidade, Minha Memória. O processo aqui é entendido como um todo, que compreende desde a tematização, os conteúdo, os diálogo, as atividades, a obra concluida, sua critica e autocrítica.

A aula continua no Jardim da Igreja São Francisco. Observar as cores, as texturas, as luzes, as sombras, os ritmos são importantes para sensibilizar os educandos para com o processo da pintura e do desenho.


O artista plastico Jose Pagano discorre sobre o ritmo, a luz e a cor na natureza para com o estilo paisagem

Os educandos nunca haviam visitado a igreja São Francisco, que é um marco do Barroco brasileiro.
Procurar compreender o barroco brasileiro significa descobrir a religiosidade brasileira, a história da religião católica fundamental na construção dos aspectos folclórico brasileiro.

O arte educador Jose Pagano discorre explicação sobre como se constitui as referidas esculturas barrocas, seus materiais e significados.
Sobre a escultura Barroca. O arte educador Jose Pagano explica os aspectos dos olhos, da madeira utilizada na confecção da escultura, os pigmentos, o ouro como elemento estético e da riqueza (ciclo do ouro) do país Brasil. Relacionada à religiosidade católica.


Na exposição do folclore brasileiro a descoberta dos valores artísticos populares do Brasil e da Paraíba

Francisco Araújo, de Várzea Nova – PB. Escultor popular. Foi meu mestre de escultura. Em sua oficina entre as vacas que criava, aprendi com ele a fazer escultura em pedra calcária.

O arte educador Jose Pagano explica aos educandos sobre o que é folclore, arte popular e seus valores, como uma forma de espressão e de identidade cultural de um povo.

PROJETO OFICINAS CULTURAIS NOS BAIRROS FUNJOPE 2011
PROJETO OFICINA DE PINTURA:
MINHA COMUNIDADE, MINHA MEMÓRIA.
(BAIRRO ILHA DO BISPO)

JOSE PAGANO
Autor, Professor de Artes e artista plástico.
Local: Associação Recreativa Cultural e Artística - ARCA - PB
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RELATÓRIO DAS ATIVIDADES
Mês de AGOSTO/2011

Na foto do mês: Aos poucos estamos caminhando, criando e constituindo os objetivos. Estamos nos meados do curso, portanto há muitas atividades por fazer.


DIA: 02 de agosto/2011- Turno: tarde--Horário: 13h30min às 17h
Os processos de desenvolvimento dos conteúdos seguiram:
Estamos desenvolvendo a prática da pintura e do desenho. Os desafios de superação pessoal de cada um dos educando é posto em jogo diante de si e dos amigos.

O processo do fazer da pintura requer muita concentração, isto significa que o educando esteja envolvido se possível, todo tempo no seu cotidiano observando as cores, ritmos, formas e etc., da sua comunidade de forma consciente. Portanto, diante estes estímulos notados, o educando adquire “asas” à sua imaginação, favorecendo um melhor desempenho do seu processo criativo.

Envolver-se no processo é primordial para a auto-expressão do artista.

A reflexão sobre a produção artística da comunidade, favorece a qualidade dialógica dos educandos, que são moradores do bairro da Ilha do Bispo, sobre a histórida da sua comunidade. Isso contribui na construção da identidade cultural do educando.

foto
Os traços simples dos educando, já revelam elementos formais e significados que se relacionam diretamente com a sua comunidade.


“Uma pintura não é baseada e decidida de antemão. Mesmo quando se está fazendo, muda como mudam os pensamentos de cada um”. (PABLO PICASSO)


“Tudo se resume em compreender que nossos olhos de carne já são muito mais que receptores para as luzes, para as cores e para as linhas: são computadores do mundo, têm o dom do visível e esse dom merece pelo exercício. A visão só aprende vendo, só aprende por si mesma.” (MARLEAU PONTY).

A oficina de pintura: Minha Comunidade, Minha Memória procura através da arte tranformar o sujeito para construção de um mundo melhor. Acreditamos que a arte possa melhorar a vida de cada um e da comunidade.

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Duas gerações compartilham um processo de troca de experiência artística.

O diálogo sobre a vida da comunidade e a troca de experiências artísticas entre as novas gerações são fundamentais na constituição da pintura, que objetiva refletir a comunidade.

Freire fala sobre a importância do diálogo para o educador Paulo Freire:
“Para pôr o diálogo em prática, o educador não pode colocar-se na posição ingênua de quem se pretende detentor de todo o saber, deve, antes, colocar-se na posição humilde de quem sabe que não sabe tudo, reconhecendo que o analfabeto não é um homem perdido, fora da realidade, mas alguém que tem toda uma experiência de vida e por isso é portador de um saber.” (PAULO FREIRE).

A arte expressa à sociedade com seus conflitos.
O sujeito histórico constrói sua memória cultural no âmbito da sua comunidade de forma crítica-consciente da sua existência histórica. Portanto, o educando é o sujeito inacabado, isto é em construção e transformação, que alicerça o seu conhecimento face o contexto e da sua realidade de vida.

“A retomada da infância distante, buscando a compreensão do meu ato de ‘ler’ o mundo particular em que me movia (...), me é absolutamente significativa. Neste esforço a que me vou entregando, recrio, e revivo, no texto que escrevo a experiência vivida no momento em que ainda não lia a palavra.” (PAULO FREIRE. A importância do Ato de Ler, 1982.)

“O desenho é uma forma expressiva de ler o mundo, a leitura visual do mundo de quem desenha”. (Jose Pagano).

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Mãe e filha dialogam sobre o que é arte. A mãe apresenta com orgulho o desenho da filha.
A presença da família no convívio da produção artística do filho estimula uma relação familiar harmônica.

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Apresentando a produção pictórica do dia.


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A alegria e a descontração ao término do desenho.

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Às vezes apresentar o trabalho dá uma timidez...

DIA: 09 de agosto/2011- Turno: tarde--Horário: 13h30min às 17h
Os processos de desenvolvimento dos conteúdos seguiram:
A análise das fotos tiradas das últimas caminhadas pela comunidade da Ilha do Bispo. A partir delas são feitas uma leitura e a construção dos trabalhos. Neste momento não se refere a uma releitura das fotos, mas apenas “refrescar a memória”, fazer identificar os elementos significativos que compõem a referente comunidade.

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Observando algumas fotos o educando desenha suas figuras expressivas que caracterizam a sua comunidade.

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Os desenhos são elaborados a partir da observação da foto feita na comunidade. As fotos são exibidas no computador.


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Lú faz esboço e estudo de composição para uma pintura, que exprime uma paisagem do bairro da Ilha do Bispo.

DIA: 16 de agosto/2011- Turno: tarde--Horário: 13h30min às 17h
Os processos de desenvolvimento dos conteúdos seguiram:
Técnica de pintura e desenho.

A elaboração do trabalho por parte de cada um educando implica em desafio e esperança. O esforço que cada um demonstra é igual a sua força de vontade pessoal, para fazer uma boa pintura e culminar ao fim do curso com uma boa produção.

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O arte educador Jose Pagano ouve perguntas e explica determinadas qualidades rítmicas do desenho, a partir do lápis grafite. Dona Ivanilda atenta conduz o seu desenho com destreza.

A qualidade do trabalho produzido é a prioridade nestas condições, que a oficina se apresenta. A quantidade é a primazia na medida em que se relaciona com o número de produção de trabalhos com a quantidade de alunos.

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Lú apresenta sua pintura ainda inacabada. Observa-se uma paisagem da Ilha do Bispo. Um olhar para o centro da cidade de João Pessoa. Vê-se a desativada fábrica de algodão e a ponte. Ao fundo a Igreja Catedral Basílica Nossa Senhora das Neves.

Além das prioridades descritas à cima é importante também a análise crítica do trabalho. O educando “diz”, expressa sua “ideia visual”, a obra “fala”. A pintura quando constituída, em exposição ela dialoga com o público.

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O arte educador Jose Pagano faz gestos e sons, que procuram estimular a criatividade do educando. Estas expressões relacionam-se à temática do desenho de Lucas, de título “O trem das quatro horas”.

A pintura produzida deve estar em consonância com os objetivos deste projeto (Minha Comunidade, Minha Memória), e que ela possa refletir uma transformação do educando, o sujeito que faz a obra. Pois, esta oficina de pintura entende que a obra de arte produzida envolve o artista e o público. Compreendemos então, que a obra de arte é uma construção de todos, para todos.

"A alegria não chega apenas no encontro do achado, mas faz parte do processo da busca. E ensinar e aprender não pode dar-se fora da procura, fora da boniteza e da alegria". (PAULO FREIRE).


"A sociabilidade da arte é irrefutável, com ela se estabelece um jogo que envolve o senso crítico, emoções, autoconfiança por parte do sujeito-criador". (JOSE PAGANO).

DIA: 23 de agosto/2011- Turno: tarde--Horário: 13h30min às 17h
Os processos de desenvolvimento dos conteúdos seguiram:
Atividade para fazer em casa. Neste dia 23 devido à reunião na FUNJOPE.
Desenho de observação: a) Sobre a mesa os pratos, colheres, copos, frutas e outros objetos; b) observar a luz e a sombra que incide sobre estes objetos; c) desenhar de forma a representar estes objetos, com suas luzes e sombras; técnica: Lápis grafite e papel sulfite.

Neste dia 23 de agosto foi realizada à reunião das oficinas na FUNJOPE
De acordo com a comissão organizadora das oficinas da FUNJOPE, as atividades das oficinas que ocorressem neste dia e horário poderiam ser suspensas, para que o oficineiro pudesse participar da referida reunião. Então, logo me fiz presente. Onde foram discutidas as problemáticas das oficinas e suas soluções.
A reunião foram mediada pela comissão formada por Déa Limeira, Adriana Pio. De forma democrática foram conduzidos os pontos que estruturam o debate.
Fez-se presente de forma brilhante à palestra de Bruno Hercílio, onde o mesmo falou sobre “a arte e sua função social”.
Eu Jose Pagano fiz um rápido comentário sobre a arte e a sua contribuição na transformação social. E, proferir questionamentos sobre Transformar para quê? É necessária uma consciência crítica sobre as coisas, e da história para estruturar uma transformação? O oficineiro precisa ter ciência da transformação social e do seu projeto como meio transformador?

DIA: 30 de agosto/2011- Turno: tarde--Horário: 13h30min às 17h
Os processos de desenvolvimento dos conteúdos seguiram:
Conteúdo: O Barroco Brasileiro: as pinturas Barrocas; Características do Barroco; O barroco e o ciclo do Ouro no Brasil; O movimento artístico mais rico do Brasil; Aspectos do folclore brasileiro.
Visita: Igreja de São Francisco da cidade de João Pessoa.
As atividades da aula foram desenvolvidas na igreja de São Francisco. Através das pinturas, das esculturas barrocas, dos ambientes da igreja, dos jardins e da exposição do folclore brasileiro, presente nos espaços desta igreja. Fizemos uma breve incursão na história do Brasil e do movimento artístico o Barroco. O Barroco na Paraíba.

Os educandos nunca haviam visitado a igreja São Francisco, que é um marco do Barroco brasileiro.
Procurar compreender o barroco brasileiro significa descobrir a religiosidade brasileira, a história da religião católica fundamental na construção dos aspectos folclórico brasileiro.

O arte educador Jose Pagano discorre explicação sobre como se constitui as referidas esculturas barrocas, seus materiais e significados.
Sobre a escultura Barroca. O arte educador Jose Pagano explica os aspectos dos olhos, da madeira utilizada na confecção da escultura, os pigmentos, o ouro como elemento estético e da riqueza (ciclo do ouro) do país Brasil. Relacionada à religiosidade católica.


Na exposição do folclore brasileiro a descoberta dos valores artísticos populares do Brasil e da Paraíba

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Francisco Araújo, de Várzea Nova – PB. Escultor popular. Foi meu mestre de escultura. Em sua oficina entre as vacas que criava, aprendi com ele a fazer escultura em pedra calcária.

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Mestre Francisco Araujo, de Várzea Nova – PB. Pedra calcária. Esculpi o mundo fantástico nordestino.


O artista popular é um produtor cultural. O folclore é a sabedoria do povo, que possui características da tradição, da coletividade, do anônimo e da oralidade.
Durante a apreciação das obras artísticas o educando descobre também que faz parte do mundo das manifestações folclóricas e artísticas. Que ele é um sujeito cultural, que constrói os valores culturais na sua comunidade.


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O arte educador Jose Pagano explica como era feita a pintura barroca sobre a madeira. Os pigmentos, tintas e bases. A temática religiosa católica. O barroco e a presença do catolicismo no Brasil.

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Nos jardins da igreja. Jose Pagano explica como pintar paisagem, estilo que expressa à natureza, seja ela humana ou natural.

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A paisagem. A luz, as formas, as cores e a tonalidade. O vento como orientação do ritmo do quadro.


Observações das ocorrências do mês de agosto:

A ocorrência considerada do mês foram que algumas alunas nas duas últimas aulas ficaram doentes, quais foram: Dona Ivanilda (62 anos) e Elisama. E Lú começou a trabalhar no horário das aulas. Mas, ela continua no Curso. Portanto, será feito um horário para a mesma. Todas continuam no curso.

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